Valide e Vença: Sucesso Garantido - Blog Vekroo

Valide e Vença: Sucesso Garantido

Anúncios

Sabe aquela ideia genial que te acorda de madrugada e faz você pensar “nossa, isso vai bombar”? Pois é, eu também já tive umas dez só essa semana. 😅

Mas calma lá, parceiro. Antes de você sair vendendo o carro, pedindo empréstimo pro tio ou largando o emprego pra se tornar o próximo Elon Musk brasileiro, a gente precisa ter uma conversinha séria. E olha, não é papo de coach quântico nem desses gurus que vendem curso de como vender curso. É sobre validar sua ideia antes de jogar seu suado dinheirinho pela janela.

Anúncios

Porque vamos combinar: todo mundo conhece alguém que teve “a ideia do século”, investiu uma grana, chamou até a família pra ajudar e… bem, hoje essa pessoa finge que nunca aconteceu. Tipo aquele ex nas redes sociais que a gente ignora olimpicamente.

Por que a maioria das ideias falha (e não é culpa do universo)

Deixa eu ser sincero com você: a maioria das startups e negócios vai pro brejo nos primeiros anos. E não é porque o mercado é cruel, a economia tá ruim ou Mercúrio tá retrógrado. É porque as pessoas pulam direto pro “fazer” sem passar pelo “validar”.

Anúncios

É tipo pedir alguém em casamento na primeira mensagem do Tinder. Tecnicamente você pode fazer isso, mas as chances de dar certo são… digamos, estatisticamente desfavoráveis. 📉

O grande lance é: uma ideia sozinha não vale nada. Sério, nada mesmo. O que vale é uma ideia que resolve um problema real de pessoas reais que estão dispostas a pagar por essa solução. E aí é que mora o perigo – a gente se apaixona pela nossa própria genialidade e esquece de perguntar se alguém mais tá interessado.

O que diabos significa validar uma ideia?

Validar uma ideia é basicamente descobrir se ela presta antes de gastar uma fortuna com ela. É o equivalente a testar a água da piscina com o dedão do pé antes de dar um mortal carpado.

Você vai testar suas hipóteses, conversar com potenciais clientes, criar versões simplificadas do seu produto e ver se alguém realmente se importa. É meio chato? Às vezes. É menos empolgante que já sair fazendo? Com certeza. Mas sabe o que é mais chato ainda? Quebrar.

A validação te ajuda a responder perguntas fundamentais como: tem gente com esse problema que eu quero resolver? Essas pessoas pagariam pela solução? Quanto elas pagariam? Como eu chego até elas? E a mais importante: será que não existe algo melhor no mercado já?

Os sinais que sua ideia pode ser uma roubada

Olha, eu não quero ser o estraga prazeres da festa, mas tem alguns red flags que você não pode ignorar. Se sua ideia se encaixa em algum desses cenários, acende a luz amarela aí:

  • Você é o único que acha incrível (familiares animados não contam, eles te amam demais pra ser honestos)
  • Já existem 47 concorrentes fazendo a mesma coisa
  • Você precisa mudar completamente o comportamento das pessoas
  • A solução é procurar um problema
  • Você não consegue explicar em 30 segundos o que faz

O framework que você precisa conhecer (e não, não é pirâmide)

Bora colocar a mão na massa? Vou te passar um passo a passo que funciona de verdade. Nada de teoria maluca, só o que você precisa fazer na prática.

Passo 1: Defina o problema com precisão cirúrgica

Sério, qual é O problema que você quer resolver? E não vale generalizar tipo “as pessoas precisam se comunicar melhor” ou “o mundo precisa de mais amor”. Seja específico. Muito específico.

Por exemplo: “freelancers de design têm dificuldade em receber pagamentos internacionais sem perder 30% em taxas bancárias”. Agora sim, temos algo concreto pra trabalhar.

Escreva o problema numa frase só. Se você não conseguir, provavelmente ainda não entendeu direito qual é o problema de verdade.

Passo 2: Identifique quem realmente sofre com isso

Seu público-alvo não pode ser “todo mundo” ou “qualquer pessoa que queira economizar dinheiro”. Isso é papo de quem vai gastar uma fortuna em marketing pra atingir… ninguém.

Você precisa de um avatar bem definido. Quantos anos tem? Onde mora? Quanto ganha? O que faz no tempo livre? Que tipo de conteúdo consome? Onde passa o tempo online?

E olha, não precisa ser só uma pessoa. Você pode ter 2 ou 3 perfis diferentes. Mas se passar disso, você tá tentando abraçar o mundo e vai acabar abraçando o vácuo.

Passo 3: Vá lá conversar com essas pessoas (sim, de verdade)

Aqui é onde a mágica acontece ou onde tudo desmorona. Você precisa sair da sua bolha e conversar com pelo menos 20-30 pessoas que se encaixam no perfil do seu público.

E atenção: não é pra vender nada. Nem pra falar da sua solução maravilhosa. É pra OUVIR. Fazer perguntas abertas tipo “me conta sobre a última vez que você enfrentou esse problema” ou “como você resolve isso hoje?”.

As pessoas vão te dar ouro de graça se você simplesmente prestar atenção. Vão te contar das dores, das frustrações, do quanto gastam com soluções alternativas, do que já tentaram que não funcionou. É informação valiosíssima que vai poupar meses de trabalho na direção errada.

Testando sem gastar rios de dinheiro

Agora que você já conversou com gente de verdade e confirmou que o problema existe, chegou a hora de testar se sua solução faz sentido. Mas calma, não precisa construir o produto completo ainda.

O poder do MVP (e não é do basquete)

MVP significa Minimum Viable Product, ou Produto Mínimo Viável pra nós mortais. É a versão mais básica possível da sua ideia que ainda assim entrega valor.

Pensa assim: se você quer criar um aplicativo revolucionário de delivery de comida vegana orgânica com blockchain (tá, exagerei), seu MVP pode ser literalmente um grupo no WhatsApp onde as pessoas fazem pedidos e você entrega de bicicleta.

Parece tosco? Talvez. Mas você vai descobrir rapidinho se tem demanda real sem gastar 50 mil reais num app.

A landing page que vale mais que mil apresentações

Crie uma página simples explicando sua solução e pedindo pra pessoa deixar o email ou se inscrever numa lista de espera. Se você não conseguir convencer ninguém a deixar o email, como vai convencer a pagar?

Joga um pouquinho de tráfego pago nisso (tipo 200-300 reais) e vê o que acontece. Uma taxa de conversão de 3-5% já é um bom sinal. Se ninguém converter, volta pro passo 1 porque tem algo errado na proposta.

O teste da pré-venda que separa sonho de realidade

Aqui é o teste supremo, o boss final do videogame da validação: tentar vender antes de ter o produto pronto.

Pode parecer loucura (e é meio louco mesmo), mas é a forma mais honesta de saber se as pessoas pagariam pela sua solução. Você oferece um desconto brutal pra quem comprar antecipado ou faz uma campanha de financiamento coletivo.

Se ninguém comprar, você descobriu isso ANTES de investir meses desenvolvendo. Se as pessoas comprarem, você tem validação E financiamento inicial. Win-win, como dizem os gringos.

Ferramentas que vão te salvar (e seu bolso)

A boa notícia é que hoje você tem um arsenal de ferramentas acessíveis pra validar ideias. Não precisa contratar consultoria de 20 mil reais nem virar expert em programação.

Pra criar landing pages tem o Wix, WordPress, Webflow e até o Google Sites se você tá no modo hard econômico. Pra fazer pesquisas tem o Google Forms que é grátis e o Typeform que é mais charmoso.

Quer testar anúncios? Facebook e Instagram Ads com 10 reais por dia já dá pra ter noção. Google Ads também funciona. E se você quer validar um app antes de desenvolver, ferramentas como Figma ou Adobe XD deixam você criar protótipos clicáveis que parecem o produto real.

Os erros clássicos que você vai cometer (se não prestar atenção)

Depois de ver tanta gente validando ideias, dá pra fazer uma lista dos erros mais comuns. E spoiler: todo mundo comete pelo menos um.

Erro #1: Perguntar pra família e amigos

Sua mãe vai dizer que é incrível. Seus amigos vão te apoiar. Mas nenhum deles representa seu mercado real (a não ser que sua ideia seja literalmente vender algo pra sua mãe e seus amigos).

Você precisa de feedback brutalmente honesto de estranhos que não têm compromisso emocional com você. Só assim você vai ouvir verdades que dói mas que salvam.

Erro #2: Apaixonar-se pela solução antes do problema

Você teve uma ideia legal de um app com inteligência artificial que faz não-sei-o-quê e agora quer encontrar um problema que ele resolva. Tá errado. Comece sempre pelo problema.

É como comprar uma furadeira porque é bonita quando na verdade você só precisava pendurar um quadro na parede.

Erro #3: Desistir rápido demais ou insistir demais

Tem gente que testa por uma semana, ninguém compra e já descarta tudo. Tem gente que testa por dois anos, ninguém compra e continua insistindo porque “um dia o mercado vai entender”.

O equilíbrio é difícil, mas a dica é: dê tempo suficiente pra testar de verdade (2-3 meses), mas se os sinais são consistentemente negativos, não tenha medo de pivotar ou até desistir.

Quando você sabe que tá pronto pra investir de verdade?

Beleza, você validou, testou, conversou com gente, talvez até fez umas pré-vendas. Agora é hora de investir grana de verdade?

Você tá pronto quando consegue responder com confiança essas perguntas:

  • Eu tenho evidências concretas (não achismos) de que pessoas pagariam pelo meu produto?
  • Eu entendo exatamente quem é meu cliente e como chegar até ele?
  • Eu testei a proposta de valor e ela ressoa com o público?
  • Os números fazem sentido? (custo de aquisição de cliente vs ticket médio vs lifetime value)
  • Eu tenho um plano B se as coisas não saírem conforme o esperado?

Se você respondeu sim pra todas com evidências reais (não vibes), pode começar a escalar. Mas começa devagar, vai aumentando o investimento conforme os resultados aparecem.

A mentalidade que faz a diferença entre sucesso e fracasso

Olha, eu vou ser honesto com você: validar uma ideia direito dá trabalho. Dá mais trabalho que simplesmente começar a fazer e torcer pro melhor.

Mas sabe o que dá mais trabalho ainda? Quebrar. Perder dinheiro. Ter que explicar pros investidores (ou pior, pro tio que emprestou a grana) que não deu certo.

A mentalidade certa é de cientista, não de apostador. Você formula uma hipótese, testa, analisa os resultados e ajusta. Se não funcionar, você não falhou – você aprendeu. E esse aprendizado te coloca muito à frente de quem simplesmente chuta e torce.

Pense em validação como um investimento, não como um custo. Você tá gastando tempo e um pouquinho de dinheiro agora pra evitar gastar muito mais depois com algo que não vai funcionar.

Histórias reais que provam que isso funciona

Sabe o Dropbox? Antes de construir o produto completo, eles criaram um vídeo simples mostrando como funcionaria. O vídeo viralizou e a lista de espera foi de 5 mil pra 75 mil pessoas da noite pro dia. Validação na veia.

O Zappos, que hoje é gigante no e-commerce de sapatos, começou com o dono literalmente indo em lojas físicas, fotografando sapatos, postando online e quando alguém comprava, ele ia na loja, comprava e enviava. Zero estoque, máxima validação.

Não precisa ser startup gringa. Tem um cara aqui no Brasil que queria vender marmitas fit. Antes de alugar cozinha industrial e contratar gente, ele postou num grupo de CrossFit da região oferecendo marmitas pra próxima semana. Vendeu 30 no primeiro dia. Fez na cozinha de casa. Na semana seguinte vendeu 80. Hoje tem empresa com funcionários e tudo mais.

Imagem

Seu plano de ação pra começar hoje mesmo

Chega de teoria, bora pro que você vai fazer quando terminar de ler esse artigo:

Hoje: Escreva numa folha de papel (ou no Notes do celular, vai) qual é o problema que você quer resolver. Uma frase só, bem específica.

Essa semana: Identifique 5 pessoas que você conhece que têm esse problema e marca um café (virtual ou presencial) com cada uma. Só pra ouvir, sem vender nada.

Próximas 2 semanas: Entre em grupos de Facebook, comunidades no Discord, fóruns, onde quer que seu público esteja. Observe as conversas, participe, entenda a linguagem que eles usam.

No fim do mês: Crie uma landing page super simples explicando sua solução (pode ser uma página no Google Sites mesmo) e compartilha em lugares estratégicos. Coloca um formulário pra captar interesse.

Próximos 2 meses: Se tiver interesse real, crie a versão mais simples possível da sua solução e oferece pra esse pessoal que demonstrou interesse. Cobra um valor simbólico que seja – pode ser 50% de desconto, mas tem que ter dinheiro envolvido.

Se você seguir esse plano e no final dos 2-3 meses tiver pessoas usando e pagando (mesmo que pouco) pela sua solução, parabéns: você tem uma ideia validada. Agora sim vale investir mais pesado.

Se não tiver, você economizou meses de trabalho e provavelmente alguns milhares de reais. E de quebra aprendeu um processo que pode usar na próxima ideia (porque vai ter próxima, sempre tem).

Então é isso, meu parceiro. Para de procrastinar com a desculpa de “ah, mas eu preciso de mais dinheiro pra começar”. Você precisa é de validação. O dinheiro vem depois, quando você tiver certeza que não vai jogar ele no ralo.

Agora me conta: qual é essa ideia que tá martelando na sua cabeça? E mais importante: você tá disposto a validar ela direito antes de mergulhar de cabeça? 🚀

Andhy

Apaixonado por curiosidades, tecnologia, história e os mistérios do universo. Escrevo de forma leve e divertida para quem adora aprender algo novo todos os dias.