Preços: Mistérios e Surpresas - Blog Vekroo

Preços: Mistérios e Surpresas

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Você já parou na fila do mercado e teve aquele mini ataque cardíaco ao ver o preço do azeite? Enquanto isso, aquele salgadinho processado que você ama (e sabe que não devia) continua custando praticamente nada. Bem-vindo ao universo maluco da economia real! 🎢

A verdade é que entender por que alguns produtos disparam de preço enquanto outros parecem ter feito um pacto eterno com a acessibilidade é tipo tentar entender as tretas do Twitter: parece simples na superfície, mas quando você arranha um pouquinho, descobre que tem mais camadas que cebola em liquidificador de teoria conspiratória.

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A dança das cadeiras da oferta e demanda (ou: economia básica sem ser chato)

Vamos começar pelo beabá sem transformar isso numa aula de economia que você mataria pra fugir. Sabe quando todo mundo quer a mesma coisa ao mesmo tempo? Pois é, aí o preço sobe mais rápido que Stories de ex fingindo felicidade.

Durante a pandemia, a gente viu isso acontecendo ao vivo e a cores. Álcool em gel? Virou artigo de luxo. Papel higiênico? Parecia que era feito de ouro. Enquanto isso, produtos que ninguém tava nem aí continuaram nas prateleiras com preços normais, tipo aqueles biscoitos integrais que só sua tia da yoga compra.

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A lei da oferta e demanda é basicamente o Tinder dos produtos: se tem muita gente querendo e pouca gente oferecendo, o valor dispara. Se tem muita oferta e pouca procura, aí o produto fica lá, humildezinho, esperando alguém dar match.

Quando a natureza resolve sacanear todo mundo 🌪️

Olha só o caso do tomate. Teve época que você precisava fazer um empréstimo pra comprar salada. O que aconteceu? Chuva demais aqui, sol de menos ali, e pronto: a produção despenca. Com menos tomate no mercado, o preço vai lá pras alturas. É a natureza mostrando quem manda.

E aqui está o pulo do gato: produtos agrícolas são os mais sensíveis a essas variações. Enquanto uma fábrica pode aumentar a produção de biscoitos relativamente rápido, você não pode simplesmente acelerar o crescimento de uma plantação. Tomate não aceita suborno pra crescer mais rápido, por mais que a gente queira.

O mistério dos produtos que nunca sobem (ou sobem de fininho)

Agora, por que aquele macarrão instantâneo continua custando quase nada há décadas? Simples: escala industrial, meu amigo. Quando uma empresa produz milhões e milhões de unidades do mesmo produto, o custo unitário vira quase uma piada de tão baixo.

Pense assim: é como dividir a conta do Uber. Quanto mais gente no carro (ou mais produtos na linha de produção), menor o custo individual. Essas empresas já otimizaram cada centavo do processo. Elas sabem exatamente quantos grãos de sal vai em cada pacotinho. Não tô brincando, isso é ciência de verdade! 🔬

O poder assustador (e fascinante) da automação

Produtos ultraprocessados conseguem manter preços baixos porque são feitos em fábricas onde robô faz quase tudo. Não precisa de mão de obra especializada colhendo grão por grão. É uma esteira que não para, cuspe produtos 24/7, e o resultado é um custo de produção que faz qualquer produto artesanal chorar no chuveiro.

Compare isso com azeite de oliva extravirgem. Aquela belezinha precisa de oliveiras que levam anos pra produzir, colheita em tempo certinho, prensagem cuidadosa… É artesanato versus produção em massa. Não tem nem como competir em preço.

O tal do “custo Brasil” (que não é desculpa, mas é real)

Vamos falar de uma parada que deixa qualquer brasileiro pistola: os custos de produção no Brasil. A gente tem impostos empilhados tipo Jenga antes de cair. Tem imposto sobre imposto sobre taxa sobre contribuição. É de chorar.

Mas aqui vai a parte que pouca gente conecta: isso não afeta todos os produtos igualmente. Produtos com cadeia produtiva mais complexa, que passam por mais etapas, acabam acumulando mais impostos no caminho. É tipo aquele jogo de telefone sem fio, só que cada pessoa que passa a mensagem cobra uma taxa.

A logística brasileira (ou: por que tudo demora e custa caro) 🚛

Nosso país é continental, as estradas são… digamos, desafiadoras. Transportar mercadoria aqui dentro custa uma fortuna. E adivinha quem paga essa conta no final? Exato: a gente.

Produtos perecíveis, que precisam de refrigeração, sofrem dobrado. Combustível tá caro? Sobe o preço. Pedágio aumentou? Sobe o preço. Caminhoneiro parou pra um café? Ok, isso não, mas você entendeu a ideia.

Quando o dólar resolve fazer das suas 💵

Ah, o dólar. Esse personagem constante nas nossas vidas que a gente ama odiar. Quando ele sobe, uma porrada de produtos fica mais caro, mesmo que sejam produzidos aqui. “Mas como assim?”, você pergunta, já sentindo a carteira pesar.

Porque muita coisa que a gente produz aqui usa insumos importados. Remédios? Grande parte dos princípios ativos vem de fora. Eletrônicos? Componentes importados. Até aquele pãozinho da padaria pode ter trigo importado na composição.

É tipo um efeito dominó: dólar sobe, importação fica cara, produto final sobe. E nem adianta reclamar, a economia não tá nem aí pros seus sentimentos.

Os produtos que surfam na onda do dólar

Por outro lado, produtos 100% nacionais, feitos com matéria-prima daqui mesmo, conseguem se manter mais estáveis. É por isso que mandioca, por exemplo, geralmente não dá esses picos malucos de preço (a não ser que a natureza decida sacanear, como vimos antes).

O fator “modinha” (que a galera subestima demais)

Vamos ser sinceros: tem produto que fica caro porque virou cult. Lembra quando todo mundo descobriu que quinoa era saudável? O preço foi pra estratosfera mais rápido que foguete da SpaceX. 🚀

A mesma coisa aconteceu com açaí, com whey protein, com air fryer… Quando um produto vira trending topic da vida real, a demanda explode. E até a oferta se ajustar (se é que vai se ajustar), o preço fica lá em cima.

O engraçado é que muitas vezes existem alternativas similares que fazem basicamente a mesma coisa, mas como não viraram hype, continuam baratas. É tipo aquela banda que você curtia antes de ficar famosa – o som é o mesmo, mas agora o ingresso custa o triplo.

Monopólios e oligopólios: quando poucas empresas mandam no pedaço

Aqui a conversa fica séria. Quando só uma ou poucas empresas dominam um mercado, elas têm poder pra definir preços quase como quiserem. Não é teoria da conspiração, é literalmente como funciona.

Olha o mercado de telecomunicações no Brasil. Quantas operadoras de verdade você conhece? Pois é. E olha os preços. Coincidência? Acho que não.

A competição que faz preço cair (quando existe)

Por outro lado, mercados com muitos players disputando seu dinheiro tendem a ter preços mais acessíveis. É a guerra de todos contra todos, e quem ganha é você. Tipo quando tem três padarias na mesma rua – nenhuma vai cobrar R$ 20 no pão francês porque a concorrente tá ali do lado cobrando metade disso.

Tecnologia: a vilã e a heroína da mesma história

Tecnologia é um negócio doido. Ela pode fazer produtos ficarem absurdamente baratos ou caríssimos, dependendo do momento. Lembra quanto custava um celular com internet nos anos 2000? Era coisa de rico. Hoje, até smartphone básico vem com 4G.

Mas aí vem a pegadinha: tecnologia nova custa caro. Sempre. Aquele lançamento matador que todo mundo quer? Preço de apartamento. Mas espera seis meses e vê o preço derreter. É o ciclo natural: early adopter paga caro pelo privilégio de ter primeiro, quem tem paciência economiza uma fortuna.

A obsolescência programada (sim, isso existe e é irritante) 😤

Tem empresa que já projeta o produto pra durar X tempo e ponto. Não é teoria da conspiração de tiozão do WhatsApp, é estratégia de negócio documentada. Quando um produto tem data de validade embutida no projeto, você é forçado a comprar de novo.

Produtos que duram décadas? Geralmente mais caros no início, mas compensam no longo prazo. Aquela geladeira da sua avó que funciona até hoje versus a que você comprou ano passado e já tá fazendo barulho estranho.

Sazonalidade: o calendário que mexe no seu bolso 📅

Tem coisa que fica cara em época específica do ano, e isso é tão previsível quanto chover no São João no Nordeste (ou seja, imprevisível, mas você entendeu a ironia). Bacalhau na Páscoa, panetone no Natal, chocolate sempre que tem data comemorativa…

A indústria sabe disso e joga com essas expectativas. Mas aqui vai a dica de ouro: comprar fora de época pode ser muito mais econômico. Aquele ar-condicionado que custa os olhos da cara em dezembro geralmente tá com desconto gostoso em junho.

Impostos: o convidado não convidado em toda compra

A real é que imposto representa uma fatia enorme do preço final de qualquer produto. E aqui no Brasil, a gente é campeão mundial de taxação complicada. Tem ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISS… É uma sopa de letrinhas que no final das contas sai do seu bolso.

E tem um detalhe cruel: produtos essenciais muitas vezes têm carga tributária parecida com produtos supérfluos. Faz sentido? Não. Mas é assim que funciona. Enquanto isso, políticos discutem reforma tributária há décadas e nada acontece, feijoada.

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O que você pode fazer com essa informação toda?

Entender por que os preços oscilam não vai fazer sua conta do mercado diminuir magicamente, mas te dá poder de escolha. Você pode procurar alternativas, comprar na época certa, entender quando tá sendo explorado ou quando o preço é justo.

Aquele produto que disparou por causa de moda? Talvez você não precise dele. Aquele que tá caro por causa de safra ruim? Vale a pena esperar ou substituir temporariamente. Conhecimento é poder, principalmente poder de compra inteligente.

No fim das contas, o mercado é um jogo complexo onde todo mundo tá tentando levar vantagem. As empresas querem seu dinheiro, você quer o melhor custo-benefício, e a economia tá ali no meio fazendo suas dancinhas imprevisíveis. Entender as regras do jogo não garante vitória, mas pelo menos você para de jogar no escuro. E convenhamos, já é alguma coisa nesse Brasil onde até entender por que algo custa o que custa virou matéria de doutorado. 🎓

Fica ligado, questiona os preços, pesquisa alternativas e, principalmente, não cai em todas as modinhas que aparecem. Seu bolso agradece, sua sanidade mental também, e você vira aquela pessoa esperta que todo mundo pergunta: “onde você achou isso barato assim?” E aí você pode escolher: ou vira gatekeep das promoções ou espalha o conhecimento. Eu voto pela segunda opção, mas você que sabe!

Andhy

Apaixonado por curiosidades, tecnologia, história e os mistérios do universo. Escrevo de forma leve e divertida para quem adora aprender algo novo todos os dias.